O painel de Ancestralidade Global da Genera apresenta as regiões do mundo que compõem o seu DNA. Para isso, conta com dezenas de povos e etnias de todos os continentes em sua base de dados genéticos. Conheça um pouco mais da história genética e curiosidades ancestrais dos Tupis, grupo étnico nativoamericano.

História genética dos Tupis

Os grupos de nativos sul-americanos pertencentes à família linguística Macro-tupi ocupavam todo o litoral brasileiro desde Rio Grande do Norte até São Paulo, além de boa parte do planalto meridional da região Sul e das regiões sudeste e sudoeste da Amazônia.

Os detalhes sobre a povoação do sul do continente americano ainda são incertos, mas alguns estudos relacionam características genéticas entre grupos nativos específicos da Oceania e da América do Sul, o que indicaria algum contato – ou mesmo descendência – durante o povoamento desta última.

Não há certeza quanto ao número de tupis presentes em território brasileiro antes da chegada dos europeus, embora estima-se que se aproximasse de 1 milhão. À época da colonização, houve grupos nativos que lutaram contra a presença portuguesa, enquanto outros se aliaram aos europeus – muitas vezes por conta de rivalidade com os primeiros grupos.

O desfecho para a grande maioria desses grupos, no entanto, foi similar, uma vez que a proporção de autodeclarados indígenas na população brasileira, segundo o censo de 2010 do IBGE, foi de apenas 0.5%.

Curiosidades ancestrais dos Tupis

Conheça algumas curiosidades que são marca registrada dos povos tupis.

Tupã

No século XVI, os jesuítas tentaram encontrar na mitologia tupi uma figura que pudesse se aproximar à do Deus católico, a fim de facilitar a catolização dos indígenas. Escolheram então Tupã, ao observar ser este o nome evocado, aparentemente com ares divinos, quando os tupis queixavam-se dos trovões. A escolha, porém, não foi acertada: Tupã poderia ser melhor definido como um demônio, temido por controlar os raios e a destruição, e não uma entidade venerada – fato que acabou por dificultar o objetivo dos jesuítas.

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Paçoca

O nome “paçoca” deriva do verbo tupi apaçoka, que significa “pilar, reduzindo tudo a uma massa”. Embora hoje em dia o termo esteja muito associado ao doce feito de amendoim, na tradição tupi a póçoka consiste em carne ou peixe assados, desfiados e misturados com farinha de mandioca ou milho, gerando uma espécie de conserva adequada para viagens longas. Integrada à culinária brasileira regional, no Norte e Nordeste a paçoca é feita com carne de sol ou carne seca, enquanto no Sul adiciona-se pinhão.  

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