Um novo estudo da Genera apresenta dados referentes ao risco de câncer de mama no Brasil. Confira a seguir.
Risco aumentado para câncer de mama nas regiões do Brasil
Os dados levantados pela Genera apontam que a a região Sudeste apresenta maior porcentagem de amostras classificadas como risco aumentado para câncer de mama entre as regiões do Brasil, com 34,2%. A região Sul está na segunda posição, com 31,7%, seguida por Nordeste (31,5%), Norte (31,2%) e Centro-Oeste (27,4%).
O levantamento foi realizado com base no banco de dados do laboratório, com cerca de 260 mil DNAs analisados.
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Prevenção contra câncer de mama
No mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, a Genera lança o Painel Outubro Rosa, uma análise genética específica com o objetivo de fortalecer a saúde das mulheres, alinhando os avanços na genômica com a medicina personalizada, preventiva e participativa. Além disso, visa promover informação, conscientização e pesquisa, contribuindo para a melhoria da saúde feminina.
Segundo dados do INCA, o câncer de mama corresponde a 29,7% dos casos de câncer entre as mulheres (sendo o tipo mais prevalente entre os brasileiros, em todas as regiões, excluindo o câncer de pele não melanoma). É também a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil.
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“As campanhas de prevenção e conscientização desempenham um papel crucial no combate ao câncer de mama. Embora os números apresentados pelas instituições de saúde sejam alarmantes, é essencial ressaltar que o diagnóstico precoce representa uma ferramenta poderosa na luta contra essa doença”, explica Andressa Almeida, médica geneticista.
Com diagnóstico precoce, as chances de cura para câncer de mama são altas
De acordo com o Jornal da USP, o câncer de mama tem 95% de chance de cura quando diagnosticado em fase inicial. “Neste sentido, os testes genéticos desempenham um papel significativo na medicina preditiva, permitindo identificar predisposições genéticas para condições específicas. Ao conhecermos nosso perfil genético, podemos adotar medidas preventivas e personalizar tratamentos, aumentando assim as chances de detecção precoce e cura. Investir em nossa saúde, incluindo a avaliação genética, é um passo fundamental na busca por uma vida mais saudável e longeva”, completa a especialista.
O Painel Outubro Rosa avalia duas alterações nos genes BRCA1 e BRCA2. Apesar de raras (frequência de 0,102% e 0,005% nas amostras do laboratório, respectivamente), essas mutações específicas avaliadas pela Genera conferem risco significativo de desenvolver câncer de mama e ovário e devem ser confirmadas em casos positivos.
Além dessas características, o painel abrange, ainda, outros aspectos, incluindo condições relacionadas à saúde ginecológica. Portanto, está disponível exclusivamente para pessoas do sexo biológico feminino. Entre as informações genéticas analisadas pelo painel, além do risco de desenvolver câncer de mama e ovário, há deficiência de ferro, endometriose, hormônio folículo estimulante, mioma uterino, síndrome do ovário policístico, diabetes gestacional e varizes.