Conversamos com a nutricionista Beatriz Ramos para entender melhor como a nutrigenética funciona e tirar as principais dúvidas sobre a relação entre Nutrição e Genética.
Sabemos que uma nutrição adequada é essencial para que possamos oferecer ao nosso corpo componentes indispensáveis para seu funcionamento e manutenção de saúde e bem-estar. Mas será que se todas as pessoas se alimentasse da mesma forma, todas seriam igualmente saudáveis? Por mais que possa parecer surpreendente, a resposta é: Não.
Nutricionalmente falando, nem sempre o que é adequado para o nosso metabolismo é também ideal para o metabolismo de nosso vizinho. Muito embora essa informação possa gerar certo estranhamento, já que ainda é comum ouvirmos falar, por exemplo, sobre dietas milagrosas que prometem funcionar para todos, novas descobertas nas áreas da nutrigenômica e nutrigenética mostram que indivíduos geneticamente diferentes exibem respostas distintas a uma mesma dieta.
Segundo a nutricionista clínica Beatriz Ramos, “a genética é uma grande aliada na elaboração do planejamento alimentar do paciente. Ela nos ajuda a entender o impacto que um determinado alimento gera”. Associar informações sobre a genética do paciente aos seus hábitos alimentares é um método em constante estudo que vem trazendo soluções promissoras e assertivas no planejamento nutricional.
“Com o mapeamento genético, nós, nutricionistas, conseguimos identificar quais nutrientes o paciente absorve mais ou menos e qual a maior necessidade nutricional daquela pessoa. Ainda é possível identificar a variabilidade nutricional dos pacientes, visando uma alimentação eficaz para prevenir doenças e promover saúde”, complementa Beatriz.
Qual a diferença entre Nutrigenômica e Nutrigenética?
Os termos aparentam ser muito similares, mas na prática possuem significados bem diferentes. Enquanto a nutrigenômica estuda a forma como diferentes nutrientes estão relacionados a possíveis mudanças na expressão de nossos genes, a nutrigenética busca compreender as diferenças entre os indivíduos de uma mesma espécie em relação a como reagem a um nutriente ou uma dieta específica.
Compreender esses mecanismos é importante para que seja possível entender a variabilidade das demandas nutricionais dos pacientes, utilizando as informações genéticas como aliadas.
Por que é importante para o profissional de nutrição conhecer o perfil genético dos pacientes?
“Quando conhecemos o perfil genético do paciente, conseguimos elaborar um planejamento alimentar de acordo com as necessidades do mesmo e entender como se dará o metabolismo e absorção daquele determinado nutriente. Também entendemos a reação do corpo, a resposta que o corpo vai oferecer mediante a ingestão de um determinado nutriente ou alimento” relata Beatriz.
Existem alguns exemplos mais clássicos de alimentos comumente associados a quadros de intolerância em algumas pessoas, como é o caso amplamente conhecido do leite. Através de testes genéticos, já é possível verificar a presença de variantes genéticas associadas a esta e outras intolerâncias. Segundo a nutricionista, “ao mapear tais doenças e intolerâncias alimentares, facilitamos a elaboração de um cardápio específico para aquele indivíduo”.
clique e veja um exemplo do seu perfil genético
Onde – e como – posso fazer um teste nutrigenético?
Testes nutrigenéticos estão disponíveis nos mais diversos formatos, cada um focado em um determinado conjunto de variantes genéticas. Normalmente, podem ser feitos com o uso de saliva ou sangue como amostra. Os prazos variam bastante, bem como os preços. Um destes exames é o Genera Nutri, oferecido por nós, aqui na Genera. Vale a pena visitar o site e conhecer um pouco mais sobre o teste!
Apesar de todos os benefícios que a análise pode trazer, a nutricionista ressalta sobre a necessidade de fazer o exame em clínicas confiáveis: “O ideal é que se faça em um lugar especializado e, se possível, indicado pelo médico ou nutricionista, que tenha uma estrutura para realização e avaliação dos testes. Lembre-se de verificar se esse local é certificado pelos órgãos regulamentadores”.
Participação: Nutricionista Beatriz Ramos, e para mais informações nossas atendentes também estão preparadas para solucionar qualquer tipo de dúvida sobre Nutrigenética.
Referências:
Lopes S. C. Nutrigenética e Nutrigenômica. PowerPoint UFJF – Genética. Publicado em 2015. Disponível em :http://www.ufjf.br/naorigen/files/2015/07/Nutrigenetica.pdf
Sampaio A. R. D. NUTRIÇÃO E GENÉTICA / NUTRITION AND GENETICS. INU-UERJ. Publicado na revista CERES, vol. 4, n. 3, 2009. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ceres/article/view/1903
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