A partir de um levantamento da Genera com a base de aproximadamente 200 mil clientes de todo o Brasil que fizeram o teste genético de saúde e bem-estar, a empresa constatou que 51% dos brasileiros analisados apresentam predisposição para a intolerância à lactose.
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A análise dessa predisposição foi feita a partir de uma variante no gene MCM6, localizado no cromossomo 2, e que é responsável por desativar a enzima lactase, de forma gradual, durante o desenvolvimento e na vida adulta de uma pessoa. É importante ressaltar, contudo, que existem outros fatores genéticos e ambientais associados ao desenvolvimento da intolerância à lactose.
A intolerância à lactose no mundo
Essa condição é considerada o tipo de intolerância alimentar mais comum em todo o mundo, e atinge cerca de 65% da população mundial. Sua incidência, contudo, varia significativamente entre as diferentes regiões do planeta, o que explica sua forte influência genética.
Enquanto o resultado da Genera indica que 51% dos brasileiros analisados apresentam predisposição para intolerância à lactose, de acordo com bancos de dados externos, essa frequência é bastante diferente em outras regiões do mundo, estando o Brasil em uma posição intermediária.
Em populações com origem no norte da Europa e Europa Ocidental, por exemplo, a frequência desta variante é de apenas 9%. Já na região central da Itália, aumenta para 83%. Em pessoas com origem na Nigéria e Leste Asiático, a variante pode chegar a uma prevalência de 100% na população.
Populações que consomem leite há muito tempo acabam tendo uma prevalência menor de indivíduos intolerantes, pois a seleção natural ao longo do tempo favorece aqueles que não possuem a condição de intolerância. Em países nórdicos, cujo consumo de leite é frequente, há pouca prevalência de intolerância à lactose, afetando, por exemplo, 1% dos suecos, enquanto entre os tailandeses essa prevalência é de 98%.
Regiões brasileiras com maior predisposição para intolerância à lactose
Não só entre os países existe uma alta variação da prevalência de intolerância à lactose. No Brasil, considerado um país continental devido a sua extensão territorial, essa variação também ocorre entre suas cinco regiões, porém com uma frequência mais próxima da média nacional.
De acordo com o estudo da Genera, a região brasileira com maior prevalência da predisposição à intolerância à lactose é a Região Norte, em 54% dos usuários que realizaram o teste genético.
Em seguida, encontra-se a Região Sudeste, com 53%, a Região Nordeste, com 52% e a Centro-Oeste, com 50%. A região com menor prevalência de predisposição genética à intolerância à lactose é a região Sul, com 45% dos usuários.
Apesar da baixa variação entre as regiões brasileiras, é possível associar a frequência da predisposição à intolerância à lactose com a ancestralidade específica de cada região.
Na Região Norte, por exemplo, há maior ancestralidade americana, proveniente dos povos originários, que apresentam uma das maiores taxa de intolerância. Em oposição, na Região Sul, onde há a maior frequência de ancestralidade europeia, incluindo os países nórdicos, a prevalência de intolerância à lactose é menor em comparação às demais regiões.
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Como descobrir predisposição genética para intolerância à lactose?
Com o painel Genera Nutri, disponível nos pacotes Standard e Premium, você descobre se possui predisposição para intolerância à lactose a partir da variante no gene MCM6, entre outras características relacionadas a nutrição e bem-estar.