Fazer parte da realeza é uma fantasia que em algum momento já habitou a mente de muitas pessoas ao redor do mundo. Talvez você mesmo(a) já tenha se imaginado sendo príncipe ou princesa, por exemplo.
Mas como seria possível pertencer à família real em um país que há muito abandonou a monarquia? No caso do Brasil, o “sangue real” ainda circula nas veias de descendentes da realeza portuguesa, como consequência de sua vinda para nossas terras há mais de 200 anos.
Quando a família real desembarcou em solo brasileiro, no ano de 1808, trouxe consigo muito dinheiro, obras de arte, documentos, livros, bens pessoais e outros objetos de valor.
Sua vinda também favoreceu o estabelecimento de indústrias, a construção de estradas, reformas em portos, criação do Banco do Brasil, entre outros aspectos. Entretanto, logo foi anunciado o retorno da coroa para sua terra natal, em 1820, após a eclosão da revolução liberal em Lisboa.
Antes de partir, D. João VI nomeou seu próprio filho como príncipe regente, e o deixou na colônia para que pudesse governar em sua ausência. Pouco tempo depois, em 7 de setembro de 1822, a independência do Brasil foi proclamada por D. Pedro de Alcântara Bragança, que se tornou imperador.
É nessa parte da história que o sangue real passou a se difundir, já que D. Pedro teve filhos que deram origem a novas gerações, que por sua vez também carregavam o material genético da coroa portuguesa. Atualmente, contamos com 30 trinetos da princesa Isabel, e nosso país possui, ao todo, 37 princesas descendentes da realeza portuguesa.
Além dos membros da família real oficialmente reconhecidos, alguns brasileiros alimentam a esperança de um parentesco distante com a coroa portuguesa.
Com o objetivo de investigar essa possibilidade, algumas dessas pessoas procuram saber mais a respeito dos cada vez mais conhecidos testes de ancestralidade, na expectativa de que, a partir de uma amostra de DNA, possam descobrir uma possível ascendência da realeza.
A motivação para tal curiosidade pode vir de diversas fontes como semelhanças no sobrenome, posse de objetos que podem ter feito parte do acervo da coroa trazidos para o Brasil, ou até mesmo histórias de família que são transmitidas verbalmente ao longo das gerações. Motivos não faltam para o questionamento, mas a dúvida acerca do resultado permanece.
Este tipo de teste genético, no entanto, não consegue trazer essas respostas. Testes de ancestralidade podem informar as origens biogeográficas de seu material genético, porém não são capazes de traçar sua árvore genealógica.
Mesmo que o seu resultado indique ancestralidade majoritária de Portugal, por exemplo, isso não é o suficiente para afirmar a qual família da região você pertenceria.
Quais as chances de ser descendente da realeza?
As chances de possuir DNA real aumentam se a sua análise indicar parentesco com alguém que pertença à Casa Bragança – o que, por sua vez, depende de algum membro da Casa já ter realizado um teste do tipo.
No entanto, mesmo esse dado não seria completamente conclusivo para atestar pertencimento à linhagem, já que a análise não tem capacidade de apontar quem seria o possível ancestral comum. Sendo assim, traçar a genealogia inevitavelmente dependeria de outros tipos de registro que pudessem permitir a reconstrução da história familiar.
De qualquer forma, os testes de ancestralidade podem trazer muitas informações interessantes sobre seu material genético e contribuir para seu autoconhecimento a partir do entendimento a respeito de suas origens. Veja como é fácil: