A palavra “câncer” é um termo bastante amplo, que se refere a um grande grupo de doenças causadas pela multiplicação desordenada das células do nosso organismo. Ele pode afetar qualquer tecido ou órgão do corpo humano, podendo ser mais ou menos agressivo dependendo de cada caso.
Estima-se que aproximadamente 625 mil novos casos da doença sejam diagnosticados no Brasil a cada ano, de acordo com dados de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Entre os homens, os tipos de câncer mais comuns, desconsiderando o de pele não melanoma, são o de próstata (29,2% do total), de cólon ou reto (9,1%) e de traqueia, brônquio ou pulmão (7,9%). Já entre as mulheres, o câncer de mama é o mais prevalente, representando 29,7% dos casos. Ele é seguido pelo câncer de cólon ou reto (9,2%) e pelo de colo do útero (7,5%).
Cada tipo de câncer, a depender do local afetado, do estágio da doença e de vários outros fatores, é tratado de uma maneira. Os tratamentos podem incluir, por exemplo, o uso de medicações, quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e cirurgias para a remoção dos tumores.
O que causa o câncer?
Primeiramente, não devemos nos esquecer que todos os cânceres são causados por mutações genéticas, ou seja, são ocasionados por alterações em nossos genes. Entretanto, a razão para essas alterações podem ser as mais variadas, não significando necessariamente que elas sejam hereditárias.
Podemos dividir os fatores causadores do câncer em internos e externos: enquanto os primeiros têm a ver com o próprio corpo da pessoa – como a genética e condições imunológicas –, os externos têm relação com condições ambientais e de comportamento, como a alimentação, o meio ambiente e os hábitos de vida, por exemplo.
Segundo o INCA, entre 80% e 90% de todos os casos de câncer são associados a fatores ambientais e entre 10% e 20% têm ligação com fatores unicamente internos, como a imunidade. Apesar de essa última porcentagem parecer baixa, ela leva em consideração todos os tipos de câncer, inclusive os que são menos herdáveis.
O câncer de mama, por exemplo, é uma doença com uma alta taxa de herdabilidade: enquanto pessoas sem histórico familiar de câncer têm 12% de chance de desenvolver a doença, para aquelas com mutações genéticas herdadas (no BRCA1) a probabilidade pode subir para até 87%.
Muitos dos casos, entretanto, podem ser uma combinação de diversos fatores: algumas pessoas podem ter, por exemplo, condições genéticas que aumentam sua propensão de serem acometidas pela doença quando expostas a certas condições ambientais e comportamentais.
O câncer pode ser genético?
Embora não haja maneiras para se evitar completamente a multiplicação das células cancerígenas, existem ações e cuidados que podem ser tomados para ajudar na prevenção da doença e melhorar a qualidade de vida.
Além das mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos, manter uma alimentação saudável e evitar hábitos como o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas, os avanços da ciência nos permitem conhecer a fundo a nossa genética para que, com isso, saibamos se temos predisposições para o desenvolvimento de certos tipos de câncer.
Isso porque existem determinadas mutações genéticas, com as quais nascemos ou não, que indicam se temos uma probabilidade maior ou menor de sermos acometidos por alguns tipos de câncer.
Como posso saber meu risco de ter câncer?
Ter o conhecimento sobre nossa saúde e características do nosso corpo pode nos ajudar a pensar em hábitos de vida mais saudáveis e, com isso, a planejar melhor as nossas ações do futuro.
Existem testes que estimam a probabilidade de desenvolvermos condições e doenças com base na nossa genética. Tais testes realizam um mapeamento do nosso DNA e verificam a existência de variantes de risco em determinados genes do nosso corpo, inclusive de doenças como câncer.
Um desses mapeamentos genéticos é a Escala de Risco Genético da Genera. Através de uma amostra simples de saliva, que pode ser coletada em casa, é possível saber o nosso risco de desenvolver diversos tipos de câncer, entre eles câncer de tireoide, de mama, de próstata, colorretal e de bexiga.
A Escala de Risco Genético faz uma análise de diversos SNPs do nosso organismo, isto é, dos marcadores genéticos que determinam as nossas características genéticas. Esse método calcula como a combinação entre marcadores genéticos diferentes contribui para a probabilidade de desenvolvermos doenças.
A partir disso é possível saber se nosso risco para desenvolver câncer até os 95 anos de idade é maior, menor ou semelhante ao do restante da população brasileira. O resultado é mostrado na forma de porcentagem.
Como tenho acesso à Escala de Risco Genético?
A Escala de Risco Genético é um painel de resultados presente no Teste de Ancestralidade, Saúde e Bem-Estar da Genera. Ele está disponível exclusivamente no pacote Genera Premium.
O teste genético é realizado de maneira rápida e simples, a partir de uma amostra de saliva.
Além de saber as predisposições às doenças e condições genéticas, o teste apresenta resultados relacionados à alimentação, ao desempenho físico, ao envelhecimento e à interação do nosso corpo com medicamentos. Também, com os painéis de ancestralidade, conseguimos saber a origem dos nossos antepassados e, até mesmo, encontrar pessoas com quem compartilhamos sequências de DNA.
Veja um exemplo de como são disponibilizados os resultados.