O painel de Ancestralidade Global da Genera apresenta as regiões do mundo que compõem o seu DNA. Para isso, conta com dezenas de povos e etnias de todos os continentes em sua base de dados genéticos. Conheça um pouco mais da história genética, curiosidades e ancestralidade da Sibéria.
História genética da Sibéria
A Sibéria é uma grande região que se estende no território russo e norte do Cazaquistão. Habitada desde a pré-história, a Sibéria é considerada um dos berços culturais da humanidade.
Antes do início da colonização russa no final do século XVI, ela era povoada por um grande número de pequenos grupos étnicos nômades como caçadores-coletores ou como pastores que dependiam de renas domésticas.
A região de Yamalia, se destaca pelas populações Nenet e Khanty, povos caçadores e coletores que por séculos viveram expostos ao frio extremo e completamente dependentes da natureza. Atualmente, essa região é rica em gás natural e petróleo, com grande exploração econômica do governo russo. Outra parte importante do território seberiano é a região de Yugra, com predomínio dos grupos Mansi.
A migração siberiana para o Brasil
No meio acadêmico, há uma teoria que sugere que populações da Sibéria atravessaram o Estreito de Bering e migraram para a América do Norte, tudo isso há pelo menos 23 mil anos atrás.
E a partir disso, os grupos que chegaram na região do Alasca se dispersaram pelo continente. Desta forma, os descendentes desses povos se espalharam por várias partes do continente, dando origem às populações indígenas.
Curiosidades sobre a ancestralidade da Sibéria
Conheça algumas curiosidades que são marca registrada do povo siberiano.
Os pastores Nenets
Os povos nenets que vivem no Ártico siberiano são exímios pastores e criadores de renas. Mas não é só o jeito de criar os animais que virou tradição na Sibéria.
A exposição ao frio extremo contribuiu para que este povo se especializasse na confecção de casacos especiais para as temperaturas baixas. Eles produzem o Malitsa, que é um casaco confeccionado com 4 peles de rena.
O Malitsa tem capuz e luvas integrados e é semelhante a um poncho sem zíperes ou botões. Porém, quando o frio aperta, os nenets usam mais uma camada de pele de rena, conhecida como Gus. Essa roupa tem couro por dentro e pelo por fora. Por isso, um pastor consegue dormir exposto ao frio com o rebanho em temperaturas abaixo de -50°C.
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O tártaros da sibéria
Os povos tártaros da Sibéria adicionaram o islamismo à sua cultura tradicional. Com aproximadamente 200 mil tártaros na Rússia atualmente, 95% deles são mulçumanos. Porém, eles acrescentaram suas crenças ancestrais no islamismo praticado na região.
Muitos tártaros acreditam em espíritos e cultos da natureza e dos animais. Mesmo sendo islâmicos, suas convicções tradicionais caminham lado a lado com o islã.
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