A gravidez, além de ser um período de grandes mudanças, é uma fase muito especial e marcante na vida de quem espera um bebê. Ela requer cuidados e atenção especial, especialmente para quem está gerando um recém nascido pela primeira vez. As dúvidas que surgem têm a ver com vários aspectos da vida, incluindo um que pode ser um tabu enorme para as pessoas: Sexo na Gravidez.
Antes de mais nada, o sexo já é um tema complexo. Junte isso à saúde da mulher durante a gestação e a própria sexualidade do ponto de vista feminino e tem-se o ambiente perfeito para o surgimento de mitos. Porém, hoje, graças à ciência, podemos usar do conhecimento científico para submeter estes mitos ao crivo do pensamento lógico e saber, de fato, o que realmente faz ou não sentido.
O avanço da ciência permite, sobretudo, cuidar da saúde das futuras mamães de forma preditiva e personalizada. Conheça o Teste de Ancestralidade, Saúde e Bem-Estar da Genera – o mapeamento genético mais completo do Brasil e o mais barato do mundo – e saiba como a sua genética pode te ajudar a ter muito mais qualidade de vida.
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Pronto para saber mais sobre sexo, gravidez e maternidade? Vamos lá!
1. Sexo na gravidez faz mal
MITO: Ter relação sexual na gravidez é uma prática supernormal e não traz nenhum tipo de problema ao feto, a não ser em alguns casos específicos como quando há ameaça de parto prematuro ou abortamento. Durante o sexo, a mulher libera hormônios, como endorfinas, que atravessam a placenta e chegam ao bebê, causando uma sensação de relaxamento, tranquilidade, bem-estar e conforto.
Segundo a obstetra e professora do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos Carla Andreucci Polido, a relação sexual e o orgasmo não são culpados por abortos ou partos prematuros. “A gestante só deve evitar o sexo na gravidez quando houver sangramentos no primeiro trimestre ou trabalho de parto prematuro, porque o orgasmo pode intensificar contrações que já estejam acontecendo em casos como esses”, afirma a professora.
2. Durante o ato sexual o pênis chega até o bebê
MITO: Um medo muito comum entre os casais ao terem relação sexual na gravidez é o pênis causar algum ferimento ao bebê. No entanto, não existe esse perigo: o colo do útero (estrutura localizada na extremidade inferior da vagina) é composto por um tecido bastante rígido, com até 5 centímetros de espessura, que impossibilitaria o contato do pênis com o bebê. Além disso, o feto está envolvido também pelo líquido amniótico, que o protege de choques mecânicos.
3. A gravidez facilita o orgasmo
VERDADE: Isso é observado porque, durante a gravidez, a lubrificação da vagina aumenta, assim como o volume de sangue irrigado para a região, fazendo com que o corpo fique mais sensível à excitação sexual.
4. Ter relação sexual induz o trabalho de parto
MITO: Há uma razão para acreditar que manter relações sexuais durante a gravidez pode ajudar a desencadear o trabalho de parto, dado que o sêmen contém substâncias que favorecem a dilatação do colo do útero. Porém, nunca se provou cientificamente a eficiência do ato sexual enquanto indutor do parto.
5. Estimular o seio por sucção ou toques pode causar aborto
VERDADE: Quando a mama é estimulada, o organismo produz ocitocina, hormônio que induz, entre outras coisas, as contrações uterinas e a produção de leite materno. Para as mulheres que já correm risco de aborto, o estímulo pode acarretar parto prematuro.
6. Gravidez aumenta a libido
MITO: Mamães de primeira viagem, não se sabe ao certo qual a origem desse boato. A verdade é que, devido a alterações hormonais, a tendência é que a libido diminua ou permaneça a mesma, mas isso varia de pessoa a pessoa.
7. Após o parto não é recomendado ter relação sexual
VERDADE: Isso porque, após 9 meses de intensas modificações, o útero e todo o trato reprodutor feminino levam um tempo para voltar ao seu estado inicial. O recomendado é que a mulher fique de 30 a 40 dias sem praticar ato sexual com penetração, pois, além de dolorosa, essa prática aumenta o risco de infecção uterina. Outras práticas que não envolvam penetração vaginal, porém, não causam riscos adicionais.
8. O parto normal altera o canal vaginal e compromete as relações
MITO: O parto vaginal não “estraga” o canal vaginal. Trata-se de uma estrutura elástica que tem total capacidade de regeneração após o parto. Fazer exercícios de Kegel no dia-a-dia podem auxiliar na recomposição do tônus vaginal após o parto.
9. Algumas posições são mais adequadas do que outras durante o sexo na gravidez
VERDADE: É importante encontrar posições em que a barriga tenha apoio e não fique “solta”, o que pode se mostrar bastante incômodo para a mulher.
10. É possível engravidar estando grávida
VERDADE: Já pensou em experimentar gestação em dose dupla, porém com idades gestacionais (IG) diferentes para cada bebê? É possível que a mulher engravide já estando grávida, o que resultaria em gêmeos bivitelinos com IGs distintas. Apesar de extremamente raros, eventos assim não são impossíveis de acontecer devido a um fenômeno conhecido como superfetação.
Bônus: Durante a gestação, o uso do preservativo continua indispensável
VERDADE: Nenhuma situação dispensa o uso do preservativo, mesmo não estando no período fértil. Vale lembrar que, além de método contraceptivo, o preservativo funciona também como modo de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e, apesar de haver avanços no sentido da prevenção da transmissão vertical de doenças como HIV, ainda é uma situação delicada que envolverá ainda mais cuidados do que a gestação por si só. Portanto, recomenda-se o uso de preservativos ao longo da gestação.
Você já sabia destes mitos e verdades? Gostou de aprender mais sobre sua gestação e cuidados com seu bebê sem prejudicar sua vida sexual? Compartilhe essas informações e aproveite bastante, mas sempre com atenção e de maneira saudável!
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Referências
Relação sexual na gravidez e pós-parto: tudo o que você precisa saber.