O Painel de Ancestralidade Global da Genera é uma janela fascinante para as regiões do mundo que compõem o seu DNA. Com dados genéticos de dezenas de povos e etnias de todos os continentes, convidamos você a conhecer a rica história genética e curiosidades ancestrais da região do Magrebe, situada no Norte da África.

História genética do Magrebe

O Magrebe, no noroeste da África, é uma região que faz parte do mundo árabe, incluindo os territórios do Marrocos, Tunísia, Argélia, parte de Mali, Líbia e Mauritânia, e o território disputado do Saara Ocidental.

Existem registros de humanos na região desde 10 mil anos AEC (Antes da Era Comum). Durante sua história, o deserto do Saara funcionou como uma barreira física que impediu o contato com os territórios da África Subsaariana.

Assim, o maior contato da região foi com o Oriente Médio e a Europa, passando por invasões dos Fenícios em 1.000 AEC, expansão Islâmica no ano de 647 e colonização por França, Itália e Espanha, no século XIX.

A migração do Magrebe para o Brasil

Durante a expansão islâmica no século VII, houve uma massiva emigração de cristãos do Magrebe para a Itália, a fim de preservar suas crenças. É possível que boa parte dos descendentes destes imigrantes tenham chegado a terras brasileiras devido à “grande imigração” italiana para o Brasil entre 1870 e 1920. França, Bélgica e Países Baixos também possuem uma numerosa população de descendentes do Magrebe.

Curiosidades sobre a Ancestralidade Magrebe

Conheça algumas curiosidades que são marca registrada de povos do Magrebe.

Cuscuz

A culinária da região é caracterizada pela mistura da culinária árabe com uma marca do mediterrâneo. O prato mais comum na região é o cuscuz, preparado com semolina cozida no vapor, acompanhada de legumes e carnes.

Embora seja comum empregarmos no Brasil o termo “cuscuz-marroquino” para diferenciá-lo das variantes brasileiras, o prato é também muito consumido nos demais países do Magrebe, sendo tradicionalmente servido às sextas-feiras, depois das preces nas mesquitas.

Teatro de marionetes

Por muitos séculos, a Tunísia e outros países do Magrebe foram conhecidos por uma cultura popular de narrativas orais e teatro de marionetes na rua para contação de histórias. Os narradores, geralmente chamados de Rawi, eram muito respeitados, tanto pela elite, quanto pela classe popular, e ficavam conhecidos viajando a pé de cidade em cidade.

A temática das histórias era muito diversa, variando desde a tradicional leitura do Corão, até histórias fantásticas e folclóricas que envolviam o público em sua elaboração, podendo passar também por histórias cotidianas e sagas épicas da história do país.

| Leia também: As etnias presentes no painel de Ancestralidade da Genera

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