O painel de Ancestralidade Global da Genera apresenta as regiões do mundo que compõem o seu DNA. Para isso, conta com dezenas de povos e etnias de todos os continentes em sua base de dados genéticos. Conheça um pouco mais da história genética e curiosidades ancestrais da Costa da Mina, região africana.
História genética da Costa da Mina
O agrupamento denominado como Costa da Mina engloba os países africanos Nigéria, Gana, Togo e Benim, e recebe esse nome devido ao forte de São Jorge da Mina, erguido na região no final do século XV.
Desde 10 mil anos AEC (Antes da Era Comum), o local já era habitado por povos que apresentavam traços físicos semelhantes aos dos residentes atuais da região. Da borda entre Nigéria e Camarões, o povo Bantu se expandiu para Leste e para Sul, alcançando até Moçambique.
A migração da Costa da Mina para o Brasil
A Costa da Mina foi uma das principais regiões de origem de africanos escravizados que foram trazidos para o Brasil entre o século XVIII e início do XIX, tendo como destino preferencial a Bahia.
Somente nesse período, mesmo após a proibição inglesa do tráfico, quase 1 milhão de pessoas foram embarcadas por essa rota, sendo que aproximadamente 10% morria no trajeto.
Em território brasileiro, muitas dessas pessoas compuseram o seu sobrenome como sendo “Mina da Costa”, ou apenas “Mina”, passando-o a seus descendentes. Os cativos trazidos pertenciam a etnias distintas: Iorubás, Jejes, Hauçás e Bornus, dentre outras.
Curiosidades ancestrais da Costa da Mina
Conheça algumas curiosidades que são marca registrada de povos da Costa da Mina.
Fête du Vodoun
A maior parte dos beninenses pratica o Vodu, uma religião animista e matriarcal que compartilha poucas semelhanças com aquilo que normalmente é retratado no imaginário popular. Durante um governo militar que perdurou até 1991, as práticas do Vodu foram proibidas.
Pouco tempo depois da democratização, a religião foi reconhecida oficialmente, e criou-se o Fête du Vodoun (“Festival do Vodu”). Comemorado anualmente em 10 de Janeiro, o dia é marcado por rituais, danças, música e roupas tradicionais.
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Abebuu adekai
Na região sul do Gana, principalmente para o povo Gas, é comum que os mortos sejam enterrados usando caixões personalizados, construídos no formato de objetos de seu agrado ou que foram importantes em sua vida.
Leões, vacas, pimentas, aviões, dragões e cacaus são apenas alguns exemplos de inspirações utilizadas para criação dos Abebuu adekai (literalmente “receptáculos de provérbios”). A prática parece derivar de outra mais antiga, em que canoas eram utilizadas como caixões para facilitar a passagem do defunto para o pós-morte.
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