A Genera já apresentou uma análise da ancestralidade da população brasileira, partindo de uma base com mais de 200 mil clientes que fizeram o teste genético da empresa. Utilizando esse mesmo banco de dados, a Genera agora revela informações importantes sobre saúde e bem-estar do brasileiro.
Entre as predisposições genéticas analisadas pela Genera, o estudo “O perfil do DNA do brasileiro na saúde e bem-estar” inclui informações como longevidade, características relacionadas à nutrição e diversos riscos genéticos do brasileiro em desenvolver diversas doenças e condições de saúde.
Vale ressaltar, contudo, que os dados da Genera não são diagnósticos, e as predisposições apontadas no teste genético tão pouco determinantes, como explica Ricardo Di Lazzaro, médico especializado em genética e CEO da Genera:
“Graças ao avanço da tecnologia, os testes possibilitam avaliar as predisposições de cada pessoa a determinadas doenças, mas é importante pontuar que os resultados não devem ser encarados como sentenças definitivas. O resultado deve ser interpretado como um instrumento adicional para avaliação de um especialista, com a adoção de cuidados preventivos, como hábitos de vida mais saudáveis, exames complementares e/ou check-ups regulares”.
Destaques do perfil do DNA brasileiro na saúde e bem-estar
O estudo da Genera aponta alguns destaques do perfil do DNA brasileiro que merecem atenção, especialmente algumas condições que devem ser observadas junto a um profissional de saúde após certa idade, como câncer de próstata, diabetes e doença celíaca.
Confira a seguir os principais destaques entre as enfermidades e condições de saúde analisadas que apresentaram maior risco genético entre os brasileiros que fizeram o teste da Genera.
Intolerância à lactose
Comparando o resultado brasileiro de uma variante genética relacionada à intolerância à lactose com outras populações, há uma considerável faixa de variação.
O resultado da Genera aponta que 51% dos brasileiros analisados têm predisposição para desenvolver intolerância à lactose. De acordo com banco de dados externos, é possível observar que em populações com origem no norte da Europa e Europa Ocidental a frequência desta variante é de apenas 9%.
Na região central da Itália essa frequência aumenta para 83%. Já em pessoas com origem na Nigéria e Leste Asiático, esse dado é de 100%. A frequência brasileira apresenta um valor intermediário entre essas populações.
| Leia mais: Metade dos brasileiros tem predisposição genética para intolerância à lactose
Risco de obesidade
A obesidade tem se tornado uma questão de saúde pública em todo o mundo e tem preocupado a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os brasileiros analisados, o estudo da Genera aponta que 71% apresentam maior risco genético de obesidade.
Além disso, outras características genéticas que podem ser associadas ao desenvolvimento da condição de obesidade também foram levantadas pelo estudo da Genera, como fome emocional e sensação de saciedade, armazenamento de gordura corporal e ingestão de açúcares.
A fome emocional, que é um tema bastante presente em consultórios e veículos de informação especializados, é uma predisposição presente em 64% das pessoas que fizeram o teste genético da Genera.
Já 34% têm maior tendência à ingestão exagerada de açúcares e 58% ao armazenamento de gordura corporal.
Diabetes
A diabetes tipo 2 é uma doença que está associada à dificuldade do organismo de produzir ou responder à insulina, e costuma aparecer principalmente com o avançar da idade. Pessoas com mais de 45 anos e consideradas de alto risco pelo teste genético apresentam um aumento na propensão de desenvolver a doença, se comparadas a indivíduos de baixo risco.
No levantamento realizado pela Genera, com base nos clientes que fizeram o teste genético, 24,17% dos indivíduos analisados apresentam alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Doença celíaca
A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten, conjunto de proteínas presentes no trigo, na cevada e no centeio, e pode ter fatores genéticos envolvidos no seu desenvolvimento.
O estudo da Genera indica que uma média de 18,25% dos clientes analisados apresenta risco genético elevado para desenvolver a doença. De fato, a Genera identificou em análise posterior que o grupo considerado alto risco apresentava um maior número de pessoas com alterações em exames laboratoriais relacionados.
Câncer
De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer é na verdade um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células anormais e as altas taxas de morbidade hospitalar e mortalidade.
O risco aumentado para diversos tipos de cânceres entre os brasileiros também está presente no mapeamento realizado pela Genera.
A predisposição ao câncer de mama foi a mais relevante na amostra, atingindo 30,97% das pessoas analisadas. Em seguida há o linfoma de Hodgkin e o câncer de próstata, cujo risco elevado está presente em 25,06% e 23,57% da amostra de usuários, respectivamente.
Foi constatada, ainda, a presença do risco aumentado de câncer de ovário, em 19,84% das pessoas, bem como o de tireoide, em 18,13%. Na sequência, o estudo apresenta o risco de câncer de bexiga (18,09%), colorretal (16,44%) e melanoma (11,12%).
Um destaque do estudo, contudo, é referente ao câncer de próstata. Observamos que, quanto maior o risco genético identificado pelo nosso teste, maior a quantidade de pessoas que tiveram alterações no exame de PSA, utilizado para rastreamento dessa condição.
Longevidade com qualidade de vida
O estudo sobre o perfil do DNA brasileiro apresenta, ainda, dados sobre características referentes aos impactos da idade. Um dos destaques é que 85% da amostra apresenta maior predisposição para fotoenvelhecimento, ou seja, o envelhecimento prematuro da pele devido à exposição solar.
Além disso, 58% das pessoas têm predisposição para desenvolver calvície; 39% possuem maior risco para desenvolver degeneração macular relacionada à idade, doença que pode levar à perda da visão; e 86,06% dos brasileiros contam com fenótipo de proteção contra o desenvolvimento de osteoporose.
Para além de revelar predisposições, teste genético incentiva o cuidado com a saúde
Em outra pesquisa realizada pela Genera junto aos seus usuários, foi possível constatar que mais de 70% das pessoas que conheceram suas predisposições a partir do mapeamento genético tomaram alguma atitude ou mudaram seus hábitos para prevenir doenças e terem uma vida mais saudável. Destes, aproximadamente 50% buscam orientação médica e de outros profissionais da saúde nos consultórios.
“Esses dados comprovam que incentivar cada vez mais os métodos preventivos de doenças, o rastreamento e monitoramento regular continua sendo o caminho mais assertivo para a tão almejada longevidade com qualidade de vida”, reforça Ricardo Di Lazzaro. “É de suma importância destacar que, com isso, estamos falando também de rastreamento e medicina de prevenção de doenças”, complementa.
A prática de exercícios físicos pode ser guiada pelas características do DNA
Praticar atividades físicas é essencial para ter qualidade de vida. São inúmeros os benefícios que representa para a saúde.
Contudo, a genética pode auxiliar nessa prática, ao indicar as características e predisposições relacionadas a atividades físicas e desportivas. Por meio do mapeamento genético é possível descobrir a predisposição, por exemplo, para como o corpo reage em relação à resistência física, ao ganho de massa muscular, a atividades de força e explosão, e até se sentimos mais dor após os exercícios.
Isso, porque algumas variações genéticas entre os indivíduos são capazes de influenciar a capacidade pulmonar, o desempenho cardíaco e a composição das fibras musculares, características diretamente relacionadas às habilidades esportivas.
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Além disso, evidências científicas apontam que os fatores genéticos desempenham um papel fundamental na resposta ao dano muscular induzido pelo exercício físico e na densidade mineral óssea do organismo.
Na análise realizada por Genera, 99% dos brasileiros que fizeram o teste genético apresentam predisposição para maior captação de oxigênio e maior força física; e 81% têm predisposição para melhor desempenho em atividades de força e explosão. Já 93% da amostra tem predisposição para maior resistência muscular.
Assim como é sabido que dor é um fator que varia de pessoa para pessoa, o estudo também mostra que 42% das pessoas podem apresentar maior dor muscular pós-exercício físico.
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